No parque onde aquela senhora sempre ia.
Ela parecia crer.
No que pensava que via.
Ela falava sozinha.
Não era nem com a vizinha.
Mas com o vento.
Que nem barulho fazia.
Num banco vazio.
Onde estava frio.
Mas quem poderia culpá-la.
Por querer companhia.
Mesmo que na verdade.
Essa companhia não estivesse lá.
Talvez ela tivesse essa mania.
De ficar fora da realidade.
Mas, depois dessa manhã ela sempre conversava.
Com o nada.
Como ela estava.
Feliz, quem poderia culpá-la.
Por tentar imaginar algo melhor.
Para a vida.
Ser melhor.
Isso me motivava.
A ver a esperança na sociedade.
Cheia de falsidade.
(Clara)
(Clara)
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